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O XI Congresso Brasileiro de Educação Superior Particular, promovido pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, realizado nos dias 07, 08 e 09 de junho de 2018, na Ilha de Comandatuba/BA, representou um marco para as Instituições de Educação Superior e para as Entidades, por conta da qualidade das apresentações e dos debates relacionados aos temas que integraram a programação científica, além da participação efetiva e qualificada dos Congressistas. Esta conjugação produziu reflexões significativas que poderão subsidiar os saberes e as práticas que embasarão as Políticas Públicas, assim como o cotidiano das Instituições Particulares de Educação Superior, ali reunidas.

Sob o tema “Educação Superior: Inovação e Inclusão para o Brasil que Queremos”, o XI Congresso deu continuidade ao tema da Inovação, agora sob a luz da Inclusão, analisando de que forma a evolução tecnológica pode garantir a ampliação do acesso à educação superior, sem perda da qualidade.

Já na abertura, o Ministro da Educação Rossieli Soares da Silva enfatizou, em mensagem aos Congressistas, o compromisso de avançar com a política de qualidade e de inclusão na Educação Superior, com incremento na incorporação de inovações científicas e tecnológicas, reafirmando a importância da parceria com as instituições particulares de educação superior.

A seguir, na Conferência de Abertura intitulada O Papel da Educação no combate à Corrupção, proferida pelo eminente Magistrado, Dr. William Douglas, contextualizou-se o momento político do Brasil, destacando que o combate à corrupção passa, necessariamente, pela Educação Básica e pela Educação Superior, ao promoverem uma educação cidadã, ética e inclusiva. Neste cenário, os professores e os dirigentes educacionais têm papel preponderante junto aos alunos e seus familiares na construção de um Estado e de uma Sociedade sem corrupção e com condições dignas de vida para todos os brasileiros. Chegaremos lá com mais Educação, também com uma profunda mudança cultural.

Quanto às Políticas Públicas dirigidas à Inovação e à Inclusão, os expositores apontaram para a importância da continuidade do esforço de todos os segmentos no alcance das Metas do Plano Nacional de Educação, assim como na intensificação dos procedimentos estabelecidos no Decreto Nº 9.057, de 25 de maio de 2017; no Decreto Nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017, e nos Instrumentos de Avaliação do Inep publicados em 2017, que iluminam para as IES a necessidade urgente de adoção de novas tecnologias e de novas metodologias na operacionalização do processo ensino-aprendizagem e nos processos de gestão, que estimulam as práticas inovadoras.

Além disso, para que haja de fato a Inclusão Social, a experiência dos debatedores aqui presentes destacou a importância de se buscar novas formas de viabilizar a captação e retenção de alunos, seja por meio do uso de ferramentas de modelagem estatística, seja por meio de programas próprios de financiamento estudantil. Os exemplos apresentados nos deram convicção de que o setor tem a criatividade e o espírito empreendedor para inovar nessa área, garantindo a sustentabilidade das IES mesmo em um cenário econômico adverso.

Tivemos ainda a oportunidade de conhecer interessantes experiências concretas de Inovação Digital, com impacto tanto na Gestão das Organizações quanto nos modelos pedagógicos e na gestão acadêmica. Observou-se a necessidade de estimular o crescente movimento das startups no Brasil, que têm potencial de reinventar o nosso setor, a exemplo do que já acontece em países mais desenvolvidos nessa área, como os EUA e Israel. Caberá às IES, nos próximos anos, demonstrar a coragem para promover as mudanças necessárias em seus modelos, adequando-os às disruptivas e dramáticas transformações que a tecnologia promove no mundo em geral, e na Educação em particular.

Alguns de nossos principais dirigentes apontaram, em amplo debate durante o Congresso, os caminhos para o Brasil que queremos, com especial ênfase na importância da criatividade, da produção de novos conhecimentos científicos e do potencial da EaD para contribuir para a expansão da educação superior, com vistas ao alcance do Brasil que queremos no Século XXI.

Inovando em sua própria organização, o XI CBESP também ofereceu oportunidade para que os participantes tirassem suas dúvidas sobre os novos atos regulatórios e instrumentos de avaliação, em dois grandes workshops, com a parceria da Secretaria de Regulação da Educação Superior – SERES/MEC e do Conselho Nacional de Educação. Estes dois workshops, realizados pela primeira vez no CBESP, representaram inovador modelo de colaboração público-privado, visando a possibilidade de construção coletiva de protocolos de atuação das IES, com o compromisso com a qualidade, com a responsabilidade socioambiental e com a inclusão.

Por fim, foram apresentados diversos cases bem sucedidos de Instituições que estão inovando e, com isso, incluindo cada vez mais alunos, constituindo-se em exemplos a serem conhecidos e possivelmente modelados por todas as IES do Brasil. Estes cases reafirmaram que o Brasil tem jeito, e que os professores, gestores e dirigentes brasileiros são competentes e capazes de contribuir com a superação dos problemas e com o enfrentamento dos desafios trazidos pelas realidades nacional e internacional, por meio da utilização de talentos e de criatividades para atingir a missão de transformar vidas pela Educação.

Dessa forma, os dirigentes do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, reunidos no encerramento de mais um auspicioso Congresso, registraram com alegria as contribuições que foram dadas por todos, palestrantes e participantes, formando a convicção de que a Inovação pode ser o eixo estruturante para a Educação Superior no País, desde que acompanhada da necessária inclusão social, para que tenhamos de fato o Brasil que sonhamos, que queremos e que merecemos.

Ilha de Comandatuba/BA, 09 de junho de 2018

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