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Desde 2015, o programa de crédito estudantil do governo vem sofrendo forte redução

Das 150 mil vagas de Fies, financiamento estudantil do governo, ofertadas neste primeiro semestre, 115 mil foram preenchidas, o que representa uma ociosidade de 20% ­ mesmo patamar do semestre anterior. No mesmo período do ano passado, a taxa de ociosidade ficou em 40%, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).

“O motivo dessas vagas remanescentes são as exigências do MEC para obtenção do Fies, que são muito rigorosas. O aluno nunca consegue financiar 100% da mensalidade, 60% das vagas são para os cursos prioritários e aqueles com a renda exigida no Fies não conseguem a nota mínima requerida no Enem de 450 pontos”, disse Sólon Caldas, diretor executivo da Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES).

Os cursos mais financiados pelo Fies neste primeiro semestre foram: direito, administração, engenharia civil, enfermagem, psicologia, pedagogia, fisioterapia, educação física, ciências contábeis, arquitetura, engenharia de produção, engenharia mecânica, odontologia, nutrição, farmácia, medicina, engenharia elétrica, medicina veterinária, gestão de recursos humanos e biomedicina.

Desde 2015, o programa de crédito estudantil do governo vem sofrendo forte redução. Em 2014, foram 732,6 mil vagas de Fies preenchidas. O número caiu para 287,4 mil em 2015 e ficou em 203,5 mil no ano passado.

Outra iniciativa do governo federal que enfrenta problemas é o Mediotec, programa de bolsa de estudos voltado para alunos do ensino médio lançado em janeiro. Das 30 mil vagas ofertadas pelo MEC neste primeiro semestre, as instituições de ensino privadas conseguiram aprovar menos de 9,2 mil. As escolas fizeram suas propostas ao governo para participar do programa, mas a maior parte foi negada. Segundo o Sindicato do Ensino Privado (SinepeRS), a alegação do MEC é que as vagas ofertadas pelas escolas são do período noturno e o preço­hora aula ultrapassou o teto de R$ 10. “Essas premissas não constavam do edital”, disse Bruno Eizerik, presidente do Sindicato do Ensino Superior (Sinepe­RS).

Fonte: Valor Econômico29

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