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O Ministério da Educação autorizou em março o remanejamento das vagas pelas instituições de ensino, que será disponível para os alunos na lista de espera do financiamento estudantil

Das 250 mil vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no primeiro semestre, 115 mil não foram preenchidas e poderão ser remanejadas, informaram associações que representam o setor de educação privada nesta quinta-feira.

Segundo o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, entidade que reúne as sete principais associações do segmento, a iniciativa melhora a distribuição das vagas do Fies, mas ainda não resolve totalmente o problema.

O Ministério da Educação autorizou em março o remanejamento das vagas pelas instituições de ensino, que será disponível para os alunos na lista de espera do financiamento estudantil.

A expectativa do diretor-executivo do Fórum, Sólon Caldas, é de que só 10 por cento das 115 mil vagas sejam preenchidas. Segundo ele, as regras de concessão do financiamento restringem preencher as vagas. A exigência de 450 pontos da nota do Enem é considerada elevada. Ao mesmo tempo, os estudantes contemplados devem ter uma renda per capita de até 2,5 salários mínimos.

“Quem tem renda não tem ponto e quem tem ponto não tem renda. Quanto menor a renda, pior a nota (no Enem)”, disse.

No segundo semestre do ano passado, 40 por cento da vagas não foram preenchidas. O edital da ocasião referia-se apenas ao período e as vagas foram perdidas. Como agora o edital menciona o ano de 2016, a expectativa do Fórum é de que o MEC autorize que as vagas não preenchidas do primeiro semestre a sejam utilizadas na segunda metade do ano.

O executivo disse ainda que os alunos contemplados não estão obtendo 100 por cento do financiamento.

“Muito poucos casos têm 80 ou 90 por cento das mensalidades (financiadas). A grande maioria tem que pagar 30,40 ou 50 por cento”, disse Sólon.

O aluno fica ciente do volume de contribuição ao cadastrar o financiamento, o que gera frustração e muitas vezes a desistência pela convicção de que não poderá pagar.

Segundo Sólon, o MEC tem mostrado disposição para buscar suma solução para o problema.

“O MEC já está convencido que vagas prioritárias (para cursos de formação de professores, engenharia e saúde) não é o caminho”, afirmou.

Ele disse que não há interesse em cursos de pedagogia e que há muita evasão em engenharia. Em medicina, as faculdades acabam não disponibilizando vagas porque o processo seletivo é feito no fim do ano e o Fies só é liberado em fevereiro. Pela alta demanda pelo curso, as vagas são preenchidas antes deste prazo.

A proposta do Fórum é de que a nota mínima no Enem seja flexibilizada para 400 pontos e que a renda mínima per capita suba para 3 salários mínimos.

Além disso, o Fórum sugere que o estudante possa optar pelo nível de financiamento, entre opções de 100, 75 e 50 por cento do valor do curso. Hoje o percentual é determinado pelo MEC. O Fórum também que as instituições tenham controle da lista de espera, para agilizar o processo, hoje controlado pelo MEC.

Fonte: Reuters

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